Os professores da rede municipal de São Luís deflagram greve na manhã desta segunda-feira (18). O ato grevista teve início na Praça Deodoro, no Centro de São Luís, e vai seguir em passeata até a frente da sede da Prefeitura.

De acordo com o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de Educação de São Luís (Sindeducação), os professores decidiram pela greve no dia 8 de abril em razão da Prefeitura oferecer um reajuste de 5%, valor abaixo do reivindicado pela categoria: que é o aumento salarial tendo como base o rejuste do piso nacional (de 33,24%) para professores com nível médio. Também é pedido a repercussão em toda tabela salarial do magistério de profissionais com nível superior de um aumento de 36,56%.

Os professores também afirmam que o movimento grevista ainda tem como objetivo a melhoria das condições das escolas.

“Foi somente por meio de muita mobilização realizada pelo sindicato e categoria, que as reformas nas escolas foram iniciadas e, ainda assim, há muito para ser feito, pois, menos de 50%, das 258 escolas foram reformadas. As aulas na Zona Rural de São Luís, por exemplo, iniciaram sem transporte escolar, a alimentação oferecida para os alunos necessita de mais qualidade, entre outras demandas. O Sindeducação também organiza o movimento grevista para pedir pelo fim do assédio moral e mais transparência no orçamento e as contas da Prefeitura de São Luís”, diz um trecho da nota do sindicato sobre a greve da categoria.

Prefeitura

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) afirmou que a atual gestão recebeu as escolas sem condições mínimas de funcionamento durante a pandemia. Por causa da situação, o município “deu início ao maior programa de reformas de escolas de São Luís”.

Na nota, a gestão municipal disse que, de todas as unidades, em apenas 1 ano e 3 meses, 50% já foram totalmente reformadas e as demais passaram por intervenções necessárias para garantir o retorno das aulas, que é uma prioridade para este momento.

Ainda de acordo com a Semed, “todas as escolas serão totalmente reformadas pelo programa Escola Nova”.

Em relação ao transporte escolar, a Semed afirmou que a atual gestão não encontrou contrato vigente para a realização do serviço, uma vez que o único processo instaurado pela gestão anterior foi suspenso por determinação da Justiça. Coube à atual gestão regularizar o serviço do transporte escolar, o que já foi realizado.

Quanto à merenda escolar, a Secretaria Municipal de Educação destaca que até o momento não recebeu nenhuma queixa ou reclamação por parte da comunidade escolar.

Por fim, a Semed disse que agradecia aos professores que estavam no momento em sala de aula e afirmou lamentar a paralisação de parte da categoria, promovida pelo Sindeducação, pois a diretoria do sindicato esteve reunida com o município no último dia 12 de abril, onde foi informado que “o município apresentará uma nova proposta, dentro da sua realidade financeira, nesta terça-feira (19)”.